quarta-feira, 23 de junho de 2010

Nossa ida ao Dr Fritz - parte 2

Então a Paula, após ver as nossas cicatrizes, resolveu que queria ir até lá.
E fomos. Seu raciocínio:
- Puxa, fico pensando naquelas pessoas que estiveram perto de Jesus e não o buscaram. Acho que eu preciso buscar a ajuda.

Chegamos lá, muito frio. A noite caíra. Ficamos aguardando. Ela foi chamada e sentamos na fila de espera. Então ela foi chamada a entrar e eu perguntei se podia entrar junto para acompanhar. Não podia. Fiquei do lado de fora.
Mas Paula, por estar preocupada com o frio que eu estava passando deve ter insistido lá dentro para que eu entrasse. E como era o último grupo, vieram me chamar.
Ali fiquei na expectativa. Dessa vez poderia observar o trabalho do médium, sem a concentração de quem espera pelo atendimento. E planejei que tentaria conversar com ele, tirar algumas dúvidas.
Então ele entrou e foi seguindo o mesmo método. Como você está? perguntava a cada um. E ia tocando aqui, e ali. E eu vendo, já entendia o que estava acontecendo. Só que dessa vez ele ficava um tempo maior e se permitia conversar um pouco mais com as pessoas. Analisava com algumas o andamento do tratamento, etc.
Chegou a minha vez:
"Como você está?"
"Eu vim mais cedo, recebi a cirurgia"
"Como você está?" insistiu. "Estou bem. Eu fiquei com umas marcas nas costas, quero divulgar o trabalho, sou professor, quero divulgar para os meus alunos. Você tem como me explicar o que aconteceu, como é o tratamento?"
Ele virou-se para mim, e tentou explicar:
"É uma mistura de acupuntura, com energia quântica. É o futuro."
Eu fiz uma cara de quem não estava entendo nada.
Ele pegou minha mão, apertou três vezes com a palma da mão dele sobre a minha, tirou a mão e perguntou:
"Está vendo alguma coisa?"
Havia uma bolinha branca na minha mão. Ele a havia materializado. "É ectoplasma", uma assistente explicou. E ele disse: "energia anti-gravitacional". E me fez virar a mão para a bolinha cair mas a bolinha não caía.
Ele deu um passo para a frente, ia proseguir os tratamentos nos demais pacientes. Virou-se para mim e disse: "É mais ou menos isso, professor." Deixando claro que não temos muitos termos para entender o processo.
E eu disse: "Está bem, vou estudar."
E ele seguiu com os tratamentos.
De vez em quando ele passava e brincava comigo, falando alto: "O professor está ali só pensando."
Gostei da irreverência do Dr Fritz. Parece um bom amigo.

Ao final, todos nos reunimos em círculo do lado de fora da sala de cura, no galpão, e fizemos uma prece de encerramento. Algumas palavras foram ditas sobre a relação entre amor e humildade. Muito bom. Fizemos a oração do Pai Nosso. De olhos fechados, sentia uma intensa corrente de energia percorrendo meu corpo e a via em forma de raios luminosos da cor de fogo para cima e para baixo de cada parte do meu corpo.

Abaixo está a foto da cicatriz da cirurgia da Paula.



Tudo isso foi muito interessante mas ainda há um fato curioso.
Uma coincidência inesperada e sutil envolvendo umas pedrinhas.
Após a prece algumas pessoas vieram com pedrinhas nas mãos dizendo para escolhermos algumas. Peguei duas. Paula também. Depois eles voltaram. Paula me disse: pegue para o Rafael. E logo olhei uma pedrinha rosada. Aí falei em pegar outra e não conseguia escolher. Foi quando uma caiu no chão. Então eu disse brincando: essa que caiu é dele também. Era uma pequena e sem cor definida.
Até aí tudo bem.
No dia seguinte na pousada em que ficamos, no café da manhã, encontramos um rapaz, Leandro, que tinha estado o dia todo observando o Fritz e ele nos contou várias histórias impressionantes. Não tenho como relatá-las aqui por falta de espaço. O cursioso é que teve um momento em que entrei no quarto e busquei meu casaco. Quando saí, pus a mão no bolso e lembrei de dar as pedrinhas ao Rafael.
Qual não foi a surpresa? Enquanto eu tinha ido ao quarto, o Leandro aproveitou para oferecer duas pedrinhas ao Rafael. E quando eu entreguei as minhas, todos ficamos perplexos: as duas pedrinhas que eu dei eram idênticas as duas pedrinhas que o Leandro lhe dera.

Olhamo-nos por um tempo e concluímos: não estamos sozinhos! Isso não foi por acaso. De tantas pedras, de tantos tamanhos e cores, essa coincidência serve para confirmar a presença espiritual em tudo que estamos vivendo nesse fim de semana.
Que bom. Para os que não creem, essas coisas ajudam muito no processo da conquista da fé.
É um convite que Deus faz.
Muita paz!

2 comentários:

  1. André, irmão, passando para deixar meu abraço. Fiquei realmente impressionado com o relato. Depois gostaria de trocar umas impressões pessoalmente.
    Um forte abraço, amigo, pra você e pra Paula. Deus ilumine cada vez mais vocês dois.

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  2. Olá,

    Eu também estou levando a minha filha lá. Minha filha é autista, e eu perguntei a ele (Fritz) se poderia esperar uma melhora significativa e ele respondeu: "Traz ela aqui de novo". Dia 07/11 estaremos lá! A Espiritualidade é Incrível!
    Um abraço,
    Ivan

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