sábado, 16 de junho de 2012

quinta-feira, 14 de junho de 2012

O mosquito, eu e a Natureza

Hoje vivi uma experiência de muita emoção.
Almoço. Segurando o pote com a mão esquerda e a colher com a direita.
Sentado ali atrás do prédio, buscava a sombra e o refúgio da natureza.
Árvores, plantas, e eu ali, sentado, buscando comer em silêncio, observando minha respiração.
Um aprendizado de paz.
Um mosquito se aproximou.
Num primeiro momento espantei-o com a mão afastando-o para longe.
Me arrependi. "Pobre mosquito, o que ele fez de mal, ele está no ambiente dele. Mesmo não matando, o movimento brusco contra ele é uma forma de agressão".
Depois pensei: "mas e se se ele me picar?"
Imediatamente respondi: "qual o problema? um pouco de sangue não me fará falta".
Continuei comendo, em busca de paz.
De repente uma picada. A pontada dolorosa na mão.
Olhei e ali estava. O mosquito com a agulha fincada em minha pele.
Não era da dengue. Tranquilo.
A dor passou. Fiquei admirando.
Pensei no amor. Dediquei amor a ele. "Que ele almoce meu sangue e receba amor junto com esse alimento".
Olhei pro meu almoço e agradeci a todos os vegetais que ali estavam me alimentando: arroz, lentilhas, vagem, cenoura.
E vi o mosquito e me senti um simples elo da Natureza.
Admirei mais profundamente o mosquito que continuava a sugar.
E a barriguinha dele foi ficando vermelha.
Ó meu Deus, a barriguinha dele...
Foi a primeira vez que notei isso.
A barriguinha cheia do meu sangue. Cada vez mais vermelhinha.
Chorei.
Chorei tocado pelo amor.
E ali chorei por ser parte deste todo.

Ele voou.
Estava satisfeito.
"Deve ir agora descansar", pensei. "Vai tirar uma soneca de barriga cheia"
Fiquei feliz de poder alimentá-lo.