sexta-feira, 19 de novembro de 2010

A carne é fraca


Acabo de assistir a um documentário que foi fundo em minha sensibilidade. Como pessoa humana e como membro da comunidade de seres vivos de nosso planeta.

O vídeo é riquíssimo porque é multifacetado.
Mostra os impactos do crescimento da produção de carne no meio ambiente. A questão do desmatamento para dar lugar aos pastos, o consumo de água e cereais como alimento para o gado, o uso de hormônios e elementos químicos que acabam contaminando os rios bem como as pessoas que se alimentam dessa carne, além da cruealdade com que se criam bois, vacas, galinhas, porcos. Destaco a forma como os milhares de pintinhos são descartados porque nasceram com defeito (defeito para quem?).
É o que acontece quando os seres vivos da criação são vistos como coisas, recursos produtivos.
A revolução espiritual que hoje vivenciamos certamente precisa enfrentar essa questão que é mundial, mas ao mesmo tempo exige uma revolução individual. Eis o grande mérito do filme: deixar evidente que somos co-responsáveis por essa violência e essa loucura do capitalismo-consumista-materialista.
Pensar a mudança do mundo exige uma mudança pessoal! Essa é, aliás, a base de todo projeto político-espiritual, como bem mostrou Gandhi.
Acho que todos deveriam assistir porque vivemos realmente num contexto de ideologização que esconde a cadeia produtiva por trás dos simples hábito de comer carne.
Duvido que alguém que veja esse filme e não se sensibilize e não pense em deixar de dar sua contribuição a essa brutalidade.
Fiquei tocado. Abraçado a Chester (meu cachorro-bodisatva) que ao ouvir os animais na tela se aproximava de mim, pedindo colo, senti misericóridia pelos meus irmãos animais e me perguntei: o que estamos fazendo? Que sociedade é essa? Que tipo de espiritualidade temos cultivado que não leva em conta esses irmãos da criação, anteriores a nós (tanto no mito hebraico, quanto na "Evolução das espécies" de Darwin)? Que padrão de vida é esse que continuamos a alimentar dia a dia?

2 comentários:

  1. Por um Outro mundo possível! Como disse Nancy nos acostumamos com o "Possível" devemos nos concientizar de que não é suficiente! Lutemos então pelo "outro mundo"!

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  2. Oi André

    Gostei, não sei se eu consigo ver esse filme, mas "que comece por mim".

    Bjs
    Sua irmã

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