quarta-feira, 12 de maio de 2010

Menino de rua, mesmo cheirando cola, gosta de livro!


Hoje, tivemos mais uma experiência maravilhosa!
E dolorosa!
Como toda quara-feira, fomos até o Largo do Machado. Levamos suco de maracujá, deliciosos sanduíches de presunto, pipoca e...
... livros.
Quando encontramos as crianças e jovens que vivem nas ruas da região, a cena não nos surpreendeu.
Estavam brigando por causa de 2 reais, e prestes a fazer a divisão fraternal do tiner para cheirar.
No meio daquela confusão que de maneira nenhuma nos ameaça ou nos inclui (somos altamente alienígenas ali) distribuímos lanches que comeram e beberam com voracidade.
E então sacamos da mochila nossa arma mais poderosa:
Um livro de imagens.
Sem texto.
Todos ficaram hipnotizados pelas imagens e pela doce competição para saber quem adivinhava o que aquelas imagens representavam.
Adoraram o livro, e ali começamos a sugerir coisas... o carteiro! Que emprego legal. O cara que mora na rua, já conhece todas as ruas, aí estuda, faz um concurso e vira carteiro. Que dignidade, que dignidade. Palavras... ao vento da esperança de um dia germinar... olhares silenciosos. O que apreenderam dessas sugestões?
Crina do galo, maquete, barco, navio, cruzeiro, Arizona, deserto, índios, África, Austrália, Planeta Terra... quanta palavra que há tempo não ouviam.
Quanta imagem bonita, que desenho maneiro...
Combinamos de semana que vem levar papel, giz de cera, vamos criar!
Esses meninos são nossos alunos.
Não vão a escola. Mas ali está a Escola da Rua.
Temos o dever de levar a eles um mundo.
No meio da viagem deles naquele barato barato, que sai caro, queremos conduzi-los a uma outra viagem: do saber, do mundo, do sonho!
Tivemos então a nossa experiência de oração, pedida por um deles, que todos apoiaram e se uniram de mãos dadas. Nunca o Pai Nosso é tão cheio de paz, de energia, de silêncio na alma, como o Pai Nosso que recitamos com eles na rua.
Ah, essas crianças tem algo mais.
Escondem grandes homens.
Eu creio nelas.
Depois trocamos abraços cheios de carinho e afeto.
Os olhos já denotavam saudade.
Pena que acabou.

4 comentários:

  1. Oi André, muito importante este seu comentário, tomara que as pessoas possam tem ouvidos de ouvir e olhos de ver e principalmente sentimento para sentir que aquelas crianças, são iguais as nossas crianças, precisam apenas de um pouco de amor e respeito. Paz Mõnica

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  2. Pena que um trabalho como esse seja pouco divulgado, se isso acontecesse, talvez hovesse mais pessoas incentivadas a realizações como essas.Tomara voces possam atrair outros corações que se juntem aos seus e colaborem nessa semeadura.
    Paz e Sucesso

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  3. Oi André, você cuidando das Almas destes meninos, trazendo um pouco de luz no fundo do Túnel, Parabéns eu tenho você como meu filho, Vinícius tinha você e a Paula como irmãos, ontem na hora que você estava cantando eu vi o rosto do meu filho estampado no seu, chorei muito... foi uma sensação maravilhosa. Meu filho vive em você.

    Eu te amo,
    Neusa Braga

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  4. "Outra vez essa Maravilhosa prova de que Deus Poderosamente com Seu eterno Amor por nós está especialmente ou até preferivelmente na vida dos Seus pequeninos que sofrem nas ruas oprimidos por este reinado anti-Cristo que impera."

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