quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Mergulho em...


Ontem a noite.
Li um trecho do Gandhi sobre a oração.
Estou lendo seu livro: A roca e o calmo pensar.
E lia e orava.
Literatura prática. Lemos e fazemos.

Até que uma frase: "Uma prece não precisa de palavras."
Sim, prece silenciosa. Súplica interna.
Então a frase seguinte: "Ela é, em si mesma, independente de qualquer esforço sensorial".
Aí me quebrei.
Até então minha experiência de oração dependia de sensações: leveza, arrepios, sensação de calma, emoções de amor... e mais intensas quanto maior o esforço interior.
Não estive errado, mas esta frase promoveu a retirada de todo pensamento e toda sensação, e todo esforço.
Mergulhei no vazio e no silêncio.
Foi. (não posso dizer que foi bom)
Rápido. Instante. Mergulho em... (não posso dizer em mim, não posso dizer em Deus, não posso dizer no Todo, na Paz, não, não posso dizer) (inominável).
Foi.
Fui dormir.

Um comentário:

  1. Quando falo com a Grande Mãe ou comungo com o universo, faço realmente através de palavras. Sei q os símbolos não são essenciais mas, graças as nossas inumeras dúvidas, tornam-se necessários para que passemos a acreditar no que muitas vezes nos parece tão distante, como por exemplo, um amor abstrato[redundante, eu sei] de um ser "invisível". Talvez o silêcio seja mais sensato do q minhas tagarelisses juvenis, mas no momento apenas com palavras posso expressar minha gatidão...
    Xeru pra tu!

    Luz e Paz

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