quarta-feira, 6 de abril de 2011

Hesse e os muitos eus em jogo


Não sou um só.

Tampouco dois.

Sou muitos.

Encontramo-nos no livro "O lobo da estepe" de Hermann Hesse.

Descobrimos que somos muitos.

Num momento do livro o personagem principal entra numa sala e encontra uma espécie de monge oriental sentado ante um tabuleiro de xadrez. E ali o monge pega todos os eus, como peças do jogo e arma situações as mais diversas possíveis.

Ou seja, somos muitas combinações possíveis também.

Eis umas conclusões:


"Assim como o dramaturgo cria um drama a partir de um punhado de personagens, assim construímos, com as peças de nosso eu despedaçado, novos grupos com novos jogos e atrações, com situações eternamente novas."


"Assim como a loucura, em seu mais alto sentido, é o princípio de toda sabedoria, assim a esquizofrenia é o princípio de toda arte, de toda fantasia."


"Eis a arte da vida - disse doutoralmente - O senhor mesmo pode formar e viver no futuro um jogo de sua própria vida a vontade, desenvolvendo-o e enriquecendo-o; está em suas mãos fazê-lo."


Sensacional!!!!!

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