Vou iniciar uma jornada criativa em minha vida.
De agora em diante caminharei com meus próprios pés.
Vou olhar mais o caminho e a paisagem do que os mapas.
De agora em diante me abro ao sentir e darei tempo ao sentir.
A verdade será percebida por mim mesmo.
Vou abrir mão das soluções e das verdades prontas.
Vou silenciar mais.
Aberto ao amor vou até onde for preciso para descobrir a fonte da felicidade.
Aberto aos mistérios vou fazer amizade com o tempo.
Vivo, observarei as transformações.
O que muda quando mudo o meu olhar?
De onde vêm, verdadeiramente, os bebês? E a visão poética das coisas, a beleza, a amizade?
Qual o tamanho da semente da flor da bondade?
De que cidade distante chega a convicção?
Qual trem de palavras tem como destino o silêncio supremo?
Em que toca de árvore se esconde a paz? O que ela come?
Qual a cor das nuvens de onde descem as chuvas de plenitude?
Em que pedaço de cor do céu mora a saudade de cada amigo?
O que me dizem essas paredes a minha volta?
Quem é o visitante que me chega pelo ar em cada respiração?
Quem é essa pessoa que, vez ou outra, invade minha casa, rouba meus sentidos e arrebata minha alma?
O que eu ouço para além das palavras?
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