segunda-feira, 11 de julho de 2011

Candomblé



Finalmente,
fui a um terreiro de candomblé. Era festa de Xangô.
Um divisor de águas em minha vida.
Como cientista da religião, faltava essa experiência de corpo presente.
De corpo presente, sim, porque experimentei ali muita coisa com o corpo inteiro.
As pessoas são comuns, não estão em transe o tempo todo. Convivem, conversam, riem, tudo muito natural.
Movimento: dança em roda, com gestos rituais que se reproduzem a mais de 3000 anos.
Cores: das roupas simples, mas muito ricas de cores, das contas, dos ornamentos.
Gosto: do chá de gengibre e, em especial, da rabada com quiabo que ficou na minha mão;
Calor: da fogueira, onde fomos dançar com os deuses incorporados.
Cheiro: de natureza, de quiabo.
Ritmo: dos atabaques, que nos levam a dimensões do sagrado, numa profunda comunhão com a vida.

Para mim foi a primeira impressão: muito positiva, especialmente a abertura de coração, o sorriso da mãe e do pai da casa e de algumas mulheres que vinham nos explicar algumas coisas.

O candomblé é um caminho espiritual muito longo, uma iniciação muito bonita onde a pessoa vai amadurecendo em sua relação com a complexa significação do universo espiritual.

Não sei nada. Há muito o que aprender.
Conselho: vá ver, ouvir, sentir, provar.

O ideal de diálogo inter-religioso ficou fortalecido. É um caminho legítimo, onde pessoas maravilhosas chegam a um belo objetivo humano.

paz!

3 comentários:

  1. realmente Essa religião é mt antiga e a cada segundo aparece uma caixinha de surpresa positiva, eu acrtito na UMBANDA

    ResponderExcluir
  2. Hey, there's quite a nice little article on candomble at Sounds and Colours that might be worth checking out.

    ResponderExcluir