quarta-feira, 2 de abril de 2014
O afeto é o principal alimento da espécie humana.
E todo o nosso vazio interior e nossas carências emocionais vêm da falta desse alimento.
Nossa felicidade depende disso.
Um dia a gente descobre que cobrar afeto não resolve o problema. Não podemos cobrar que as pessoas nos doem, nem que as pessoas aceitem o que temos a oferecer.
A única decisão possível é a de se abrir para a troca afetiva.
O resto acontece. A existência se encarrega de trazer...
E se abrir é um processo, um caminho...
A chave capaz de abrir o cadeado de dentro é: aceitação de si mesmo. Reconhecer-se humanamente humano, como todos os demais, com todas as potencialidades e carências que trazem em sua bagagem.
E aceitar a si mesmo é aceitar suas origens, sua ancestralidade, ou seja, tratar o coração de toda dor proveniente da relação com pai e mãe.
Pra isso acontecer não tem receita pronta.
Perdoar pai e mãe, desenvolver compaixão pelas carências e ignorâncias que por sua vez eles trouxeram igualmente da infância deles.
Oferecer o melhor do seu amor... vendo essa criança da foto lembramos que a dimensão da inocência está ainda presente em nós, na criança espontânea que corre sorridente em busca do abraço.
Em algum momento da jornada essa criança foi silenciada.
Mas a todo momento ela quer se expressar.
Expressa-te criança. Tua voz é a canção pura do amor de Deus.
A vida traz oportunidades. E as perdas de oportunidade são também chances de olharmos pra dentro e assumirmos o compromisso de fazer essa criança sobrepujar as paredes que a mantiveram calada por tanto tempo.
Expressa-te menina, deixa fluir a melodia que vem do amor divino.
E muitos beijos, é o que desejamos. Que muitos beijos sejam dados.
Paz!
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