Maravilhoso o filme!
Para variar, Polanski nos leva as fronteiras confusas do que é o real, do que é imaginação.
Por que é bom?
Porque nos remete, a todos nós (sadios, normais), que o que há de patológico nas pessoas com transtorno mental está também dentro de nós mesmos.
Olhando o "doente", vemos que o nosso olhar sobre a realidade, especialmente a realidade sobre si mesmo e sobre as coisas que pensamos que sabemos, é um olhar distorcido.
Só no campo objetivo, quando temos que objetivar as coisas, quando temos que falar em público, quando temos que enfrentar o outro, é que percebemos que o que pensávamos saber não era bem o que sabíamos, não era bem como sabíamos.
Em suma, fica a pergunta quem distorce a realidade?
Após o filme, fica-se meio tonto mesmo.
Sentimos que nossa mente distorce mesmo as coisas, e aí a dúvida é a grande amiga.
O que é o real, o que distorcemos? Como nos prevenir dessa distorção e viver a verdade?
Taí, a resposta está em viver, em con-viver.
Não ficar isolado.
Colocar-se a prova, enfrentar os desafios, aprender com as experiências: eis a única forma de entrar em contato com a realidade.
Isso é o autêntico existencialismo.
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