Não sou um só.
Tampouco dois.
Sou muitos.
Encontramo-nos no livro "O lobo da estepe" de Hermann Hesse.
Descobrimos que somos muitos.
Num momento do livro o personagem principal entra numa sala e encontra uma espécie de monge oriental sentado ante um tabuleiro de xadrez. E ali o monge pega todos os eus, como peças do jogo e arma situações as mais diversas possíveis.
Ou seja, somos muitas combinações possíveis também.
Eis umas conclusões:
"Assim como o dramaturgo cria um drama a partir de um punhado de personagens, assim construímos, com as peças de nosso eu despedaçado, novos grupos com novos jogos e atrações, com situações eternamente novas."
"Assim como a loucura, em seu mais alto sentido, é o princípio de toda sabedoria, assim a esquizofrenia é o princípio de toda arte, de toda fantasia."
"Eis a arte da vida - disse doutoralmente - O senhor mesmo pode formar e viver no futuro um jogo de sua própria vida a vontade, desenvolvendo-o e enriquecendo-o; está em suas mãos fazê-lo."
Sensacional!!!!!
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