Ele ficou em pé e veio dando uns passinhos pra trás.
Rapidamente tirei o copo do chão por baixo das suas pernas.
Todo orgulhoso dei o copo na mão dele. "Atenção com suas pernas. Você podia ter derrubado o copo."
Ele se sentou e antes de beber, sem querer, entornou o copo no chão.
Fiquei pensando na força do destino.
Hoje acordei de um sonho muito forte, um pesadelo em que eu ia me apresentar no teatro mas eu havia esquecido tudo: as falas do personagem, havia deixado a roupa em casa, estava sem maquiagem; tudo por fazer, a peça por começar, e ninguém estava muito disposto a me ajudar; eu não tinha nem ensaiado.
Acordei muito assustado, com essa sensação terrível do branco na mente, o esquecimento, confusão.
Ao mesmo tempo que algumas pessoas me achavam brilhante quando me ouviam dizer uma ou outra palavra, na tentativa de ensaiar em cima da hora, eu mesmo nem sabia o que estava fazendo.
Estava morrendo de medo do público, com vergonha da minha parceira de cena que estava pronta e sabia tudo direitinho mas estava sem nenhuma paciência para me ajudar em cima da hora.
O que representa o destino? Pensei que o menininho talvez não quisesse mais tomar o suco. E de algum jeito não conseguia falar isso diante do público, esqueceu o texto, o figurino, a maquiagem... acordei assustado.
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