quinta-feira, 21 de janeiro de 2021

Trem de palavras com destino ao silêncio

 Vou iniciar uma jornada criativa em minha vida. 

De agora em diante caminharei com meus próprios pés.

Vou olhar mais o caminho e a paisagem do que os mapas.

De agora em diante me abro ao sentir e darei tempo ao sentir.

A verdade será percebida por mim mesmo. 

Vou abrir mão das soluções e das verdades prontas.

Vou silenciar mais.

Aberto ao amor vou até onde for preciso para descobrir a fonte da felicidade.

Aberto aos mistérios vou fazer amizade com o tempo.

Vivo, observarei as transformações. 

O que muda quando mudo o meu olhar?

De onde vêm, verdadeiramente, os bebês? E a visão poética das coisas, a beleza, a amizade?  

Qual o tamanho da semente  da flor da bondade? 

De que cidade distante chega a convicção? 

Qual trem de palavras tem como destino o silêncio supremo? 

Em que toca de árvore se esconde a paz? O que ela come?

Qual a cor das nuvens de onde descem as chuvas de plenitude? 

Em que pedaço de cor do céu mora a saudade de cada amigo? 

O que me dizem essas paredes a minha volta?

Quem é o visitante que me chega pelo ar em cada respiração? 

Quem é essa pessoa que, vez ou outra, invade minha casa, rouba meus sentidos e arrebata minha alma?

O que eu ouço para além das palavras?

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