Quem é o facilitador?
André Andrade Pereira é professor da Universidade Federal
Fluminense (UFF) na área de educação e vem trabalhando com os fundamentos
filosóficos da educação, corpo e educação e arte-educação. Coordena o projeto
“Meditação na Escola” com crianças da rede pública em Angra dos Reis e é
terapeuta sexual credenciado pelo Centro Metamorfose. Centro Metamorfose é uma
referência internacional em desenvolvimento integral e tratamento e pesquisa na
área da sexualidade humana (www.centrometamorfose.com.br).
Natureza do projeto
Oferecemos uma palestra participativa de aproximadamente 1h
e 30 minutos de duração com ênfase nas perguntas, dúvidas e curiosidades
expressas pelos jovens, divididos de acordo com a faixa etária. É recomendável
que os grupos sejam pequenos (no máximo 50 participantes por vez), para que
haja a possibilidade de se ler as perguntas escritas pelos jovens depositadas
numa “caixa de segredos”.
Justificativa
Ainda nos tempos atuais, os jovens não encontram
praticamente ninguém que se disponha a falar sobre sexualidade e sexo com eles,
numa linguagem próxima e cativante, que não recaia nem no excesso do moralismo
repressor, nem no excesso de vulgaridade. Os pais e familiares normalmente se calam
ou se limitam a oferecer livros sobre o assunto. E, mesmo nas escolas, onde o
tema deve ser trabalhado de forma transversal por diferentes campos do saber,
no geral os professores limitam-se às questões das doenças sexualmente
transmissíveis ou à anatomia e à fisiologia do corpo humano.
Nossa conversa com os jovens traz um foco geralmente
esquecido: o prazer. Em nossas sociedades não só o sexo é assunto proibido
(tabu), mas também o prazer e a capacidade sensorial de sentir prazer é um
campo de imensa repressão. As crianças desde pequenas são recriminadas ao se
tocarem nas partes genitais e ao expressarem sua felicidade através do corpo,
seja através da dança, ou do riso. Assim, perde-se a inocência e a pureza
associadas ao corpo. A expressão da sexualidade adoece e as pessoas sentem-se
impedidas de sentir o prazer com naturalidade. Isso abre campo para a indústria
da pornografia, emergem as patologias e violências, e o prazer vai sendo cada
vez mais empurrado para a dimensão da fantasia.
Sentir prazer é redescobrir os potenciais da sensorialidade
que anda lado a lado com a aceitação de si mesmo. O processo de criação de
fantasias e a autocobrança de cumprir uma performance sexual (socialmente
construída) enchem a cabeça dos jovens (e adultos) impedindo-os de uma vivência
plena e feliz, em relacionamentos em que há verdadeira entrega, aceitação
mútua, conhecimento, e sentimento de amor e parceria na jornada da vida.
Vocabulário
Uma das provas de que há uma repressão ao sexo e que a
sociedade identifica de tudo o que é sexual como algo impróprio, feio, sujo, é
o fato de que todos os palavrões (palavras proibidas) estão associados
diretamente aos órgãos genitais, a atividades sexuais ou a profissionais do
sexo. De outra parte os termos que os adultos utilizam-se para se referirem aos
órgãos genitais são também figuras de linguagem, sinônimos preconceituosos.
Em nossas palestras utilizamos o vocabulário técnico para os
órgãos genitais e partes do corpo: pênis, vagina, testículo, clitóris, ânus,
mamas, etc. Isso ajuda a construir um espaço de seriedade na conversa ao mesmo
tempo em que evitamos cair numa infantilização ou vulgaridade.
Metodologia
É essencial que pais e educadores estejam abertos e
disponíveis a conversar sobre sexualidade desde a fase das primeiras perguntas
das crianças: “como eu nasci?” Mas deve-se sempre ter o cuidado de não acelerar
seu processo de desenvolvimento e maturidade, ou seja, o adulto vai dando as
informações sem mentiras, mas tendo o cuidado de não antecipar o que ainda não
está sendo perguntado.
Em nossas as palestras começamos com uma apresentação e uma
breve exposição inicial de no máximo 15 minutos, com o objetivo de atrair os
jovens para o tema e desinibir o grupo de forma a que se sintam à vontade para formular
suas dúvidas genuínas. Então, passamos uma “caixa de segredos” onde eles
depositam suas perguntas escritas num pequeno pedaço de papel que é entregue no
início do encontro. Em seguida as perguntas são lidas em voz alta e respondidas.
Dessa forma, além de ouvir as perguntas que em voz alta
alguns estariam tímidos de formulá-las em grupo, também não se corre o risco de
antecipar informações sobre as quais o grupo de faixa etária ainda não está
expressando curiosidade.
Uma vida sexual responsável, saudável e feliz.
É nessas conversas onde os jovens perguntam sobre a natureza
do orgasmo, dificuldades em se obter orgasmo, masturbação, métodos
contraceptivos, impotência e ejaculação precoce, ansiedades no que diz respeito
aos relacionamentos e a “primeira vez” que fica mais fácil alertá-los sobre os
riscos de transmissão de doenças e gravidez indesejada, bem como sobre a
importância de se investir em relacionamentos regidos pelo sentimento, onde há
maior entrega e, consequentemente, maior possibilidade de prazer. A educação da
sexualidade anda lado a lado com o desenvolvimento da maturidade psicológica e
afetiva. Assim, nosso diálogo chega a dimensões afetivas, comportamentais e
procura sempre a ampliação de horizontes na construção do sentido de vida de
cada um.
Pais, funcionários e
professores
Oferecemos também, seguindo metodologia semelhante, uma
modalidade de palestra para os profissionais do ensino, bem como aos pais para
que saibam e entendam a forma e o nível de informações que estão sendo passadas
aos seus filhos.
Investimento
Instituições particulares: valor de R$ 400, por palestra +
custo de transporte.
Instituições públicas: gratuito, cobrindo somente o custo de
transporte.
Contatos
Tel (21) 98870-6715
Email: ahlaad.metamorfose@gmail.com
Site: www.centrometamorfose.com.br
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