sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013
Somente o que trazemos no coração...
Minha mente pronuncia Rama, mas muitas vezes em meu coração ecoa: Ravana. E volto a silenciar.
É Gandhiji quem conta:
"Hanuman abriu as contas do colar com que Sita o presenteara para ver se o nome de Rama estava inscrito em seu interior. Alguns cortesãos, que se consideravam inteligentes, perguntaram-lhe por que demonstrava tal desrespeito ao colar. Hanuman retrucou que, se nas contas não estivesse gravado o nome de Rama, todos os colares que Sita lhe dera seriam um fardo. Os sábios da corte, sorrindo, indagaram se o nome de Rama estava gravado em seu coração. Hanuman desembainhou seu punhal e, rasgando o peito, disse: - Olhem: digam se vêem aqui dentro algo além do nome de Rama. - Os cortesãos sentiram-se envergonhados. Caiu do céu sobre Hanuman uma chuva de flores e desde esse dia seu nome é sempre invocado quando se recita a história de Rama.
Esta, que pode ser apenas uma lenda ou a invenção de um dramaturgo, tem uma moral válida para todos os tempos: somente aquilo que trazemos no coração é verdadeiro."
- do livro "A roca e o calmo pensar", p. 180 e 181 de Gandhi.
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