"Ontem à noite levei um tapa, bem no rosto, na rua, na frente de todos, amigos, conhecidos e desconhecidos. Me enchi de vergonha, me senti humilhado, minha pequenez e impossibilidade de agir se tornaram evidentes. Eu, criança, aprendo como é viver, começo a entender como os adultos agem, como são covardes eles. Um maior do que eu me segura o outro armado me bate. Não sei se quero crescer nesse mundo, se quero me tornar um adulto, com certeza não quero viver como eles, batendo em criança e arma na mão.
Esse tapa não foi no meu rosto, preferia que fosse, foi no rosto de um menino de 8 anos. Meninos de rua, sem ninguém para defendê-los da truculência dos policiais. Tudo isso aconteceu no Largo do Machado, ontem, as 22:00 hs, várias pessoas assistindo ninguém fez nada, nem eu. Assistimos apenas dois homens adultos, fardados com roupa da PM, armados batendo
Paula
Triste isso. E nós nos sentimos impotentes e o medo nos congela nessas horas.. Vi mesmo ontem no programa Profissão Reporter, quando faziam uma matérias sobre travestis em São Paulo. Um "cliente" não quis pagar e os travestis resolveram roubar-lhe celular. A polícia foi chamada, mas quando chegaram os travestis não estavam e nem a vítima. Apenas dois jovens sentados, que não faziam nada. Apanharam sem ter nada com o assunto.
ResponderExcluirJosé Antonio