terça-feira, 1 de março de 2011

A vida espiritual de Madre Teresa - parte II


"Quero ser toda só para Jesus - de verdade e não apenas pelo nome e pelo hábito. Muitas vezes as coisas se invertem - de maneira que o meu reverendíssimo "eu" toma o lugar mais importante. Sempre a mesma Gonxha orgulhosa."

Aqui Teresa mostra a sua luta diária para vencer seus próprios defeitos. Aprendemos com ela que não se torna santo e unido com Deus de uma hora para outra. Essa dinâmica se faz de idas e vindas em que o nosso "eu" velho (e ela usa o nome de bastismo Gonxha, e não o nome religioso) se mostra potente através do orgulho e outras fraquezas.
O bom humor com que ela fala de si mesma: "reverendíssimo eu" é também uma bela lição.

* * *

Ao visitar os pobres nas favelas de Calcutá, ainda na primeira fase de sua missão (antes de entregar-se totalmente aos pobres e fundar uma nova ordem) sentia-se feliz por poder ajudar com seu sorriso. Não levava dinheiro nem nada material, por nada possuir, mas levava-lhe alegria. Famílias inteiras vivendo em pequenos cubículos. Muita miséria material.

"A pobre mãe não proferiu uma palavra de queixa pela pobreza em que vivem. Tudo aquilo era muito doloroso, mas ao mesmo tempo fiquei muito feliz por ver que eles ficam felizes com as minhas visitas. Finalmente, a mãe me disse: "Oh, Ma, venha nos ver outra vez! O seu sorriso trouxe o sol a esta casa!"

Depois, voltando ao conveto, sussurava a seguinte oração:

"Meu Deus, com que facilidade os faço felizes! Dá-me forças para ser sempre a luz da vida deles, a fim de conduzi-los a Ti."

Como sabemos, esse pedido foi atendido.

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