quinta-feira, 3 de junho de 2010

Mãe, falecida, ajuda filho que mora na rua a sair das drogas


Esta história não vai sair nos jornais.
Então tenho que contar aqui para que mais pessoas entendam os frutos que o estudo da mediunidade pode trazer.

Estávamos com os companheiros que moram nas ruas. Conversávamos sobre a busca do emprego.
- Nessa busca por emprego uma coisa importante é a abstinência da bebida e da droga - eu disse.
- Pois é irmão, eu estou muito feliz de estar aqui.
- Que bom companheiro - eu respondi. E silenciei esperando a sua história.
- Hoje é a segunda vez que eu venho aqui. Da primeira vez eu fiquei ali ouvindo o que a irmã falava sobre mediunidade, reencarnação... Eu já acreditava sobre vida após a morte, mas só agora que eu comecei a entender como se dão as coisas, os sonhos...
- Que interessante.
- Aí naquela noite eu sonhei com minha mãe.
Nesse momento ele se emocionou, engoliu o choro e continuou:
- Minha mãe faleceu há um ano e eu nunca tinha sonhado com ela. Aí naquele dia que eu vim aqui eu sonhei com ela. Ela estava triste, mas falava que queria me ajudar e queria que eu parasse de usar dorga. Aquilo me tocou. Eu já tive cinco sonhos com ela. Ela foi ficando mais feliz. Saí daqui com uma decisão em minha vida. Parar. Já me internei e fiquei um mês em tratamento. Agora aqui fora o tratamento dura um ano. E é muito bom sentir a minha mãe perto, me ajudando.
- É agora ela tá aí te ajudando - disse eu apontando para o lado dele.
- Eu sinto a presença dela e... me dá uma força aqui dentro - falou abraçando o peito. Eu estou muito feliz com o trabalho de vocês aqui.

Histórias como essa precisam ser guardadas com carinho.
Como professor e cientista preciso guardar todas elas (são os fatos). Uma conclusão é óbvia: mediunidade, conversa com os mortos, se é real ou não (questão para os metafísicos), ao menos temos a certeza de que dá resultado. Consola e promove o bem.
Mas como homem cheio de religião, e creio em todas crenças, sinto a importância do espiritismo, da prática da mediunidade, da reflexão sobre a vida e a morte, no meio da gente simples, dos esquecidos do mundo, para promover vida e felicidade.

Quem quiser ver uma história parecida na dramaticidade, com a beleza da arte cinematográfica, veja o que faz a mãe de Ray Charles no filme: "Ray".

paz!

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